Série "Os Incríveis Poderes da Hiperautomação" | Post 3
No post anterior defini a hiperautomação de uma forma mais humana, com foco nos benefícios da colaboração homem-máquina. E argumentei que a hiperautomação é a integração da automação a outras tecnologias, como IA, IoTs e data analytics. Nesse post, gostaria de discutir um pouco mais a fundo a diferença entre as duas tecnologias tomando por base a suas aplicações.
Quando pensamos em automação, a ferramenta que nos vem em mente é o RPA (Robotic Process Automation). O RPA é qualquer programa robô que pode substituir tarefas humanas simples na interação com um computador. Ou seja, o RPA se trata de um robô ou sistema que pode seguir processos baseados em regras e executar tarefas repetitivas e de baixo nível. Quando usamos um RPA, o objetivo é liberar as pessoas de tarefas puramente operacionais, como acessar um website para coletar dados e digita-los em uma planilha eletrônica, ou buscar dados de um sistema utilizado pela empresa e lançar os mesmos dados em outro sistema que não esteja integrado ao primeiro.
Assim, podemos entender que a automação substitui os humanos em tarefas simples e repetitivas, liberando o seu tempo para atividades de maior valor. E isso já é um enorme ganho no cenário atual das organizações. É impressionante a quantidade de retrabalho e de trabalho repetitivo realizado no dia a dia pelas pessoas, gerando um grande desperdício de produtividade e alavancando os custos operacionais.
Podemos entender que a automação substitui os humanos em tarefas simples e repetitivas, liberando o seu tempo para atividades de maior valor.
A hiperautomação permite ampliar o rol de tarefas realizadas pelos humanos e aumentar o seu nível de complexidade. Para isso, precisamos aumentar os músculos e o cérebro do RPA, por exemplo, conectando-o a dispositivos para captação de dados (IoTs), algoritmos para análise preditiva (Machine Learning) ou criando a capacidade de cruzamento e análise de dados (Data Analytics). Agora, o objetivo não é apenas substituir tarefas humanas simples e específicas; com a hiperautomação, queremos tirar totalmente as pessoas dos processos operacionais, colocando-as para atuar apenas nas pontas dos processos, para tratar as exceções ou tomar decisões complexas. Estamos falando de uma tecnologia que gera mais do que múltiplos de produtividade, caso da automação. Quando usamos a hiperautomação, devemos pensar em ganhos de produtividade exponenciais.
A hiperautomação permite ampliar o rol de tarefas realizadas pelos humanos e aumentar o seu nível de complexidade. Quando usamos a hiperautomação, devemos pensar em ganhos de produtividade exponenciais.
Pense em um processo que envolva diferentes pessoas em diferentes áreas de uma empresa, que seja composto pela captação e alimentação manual de dados entre planilhas e sistemas, verificação e validação de regras contratuais, monitoramento de status para ação humana e alerta de erros eventualmente cometidos. Parece um processo complexo, correto? Mas esse modelo processual ocorre em inúmeras organizações que já visitei, em diferentes áreas e unidades de negócio.
É neste tipo de processo que a hiperautomação é mais aplicável e onde os ganhos de produtividade são maiores, são exponenciais! Como bônus, as pessoas irão realizar um trabalho bem mais gratificante e desafiador que copiar, colar e checar. Irão tomar decisões, resolver problemas, pensar em melhorias e se relacionar.
Agora, como podemos materializar todo esse poder da hiperautomação no nosso dia a dia? Como usar a hiperautomação na nossa casa e no nosso trabalho? Nos próximos posts, vamos abordar casos de uso dessa incrível tecnologia. Até lá!
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